Desde que começamos a cicloviajar, éramos interrogados sobre o Caminho da Fé e nossa resposta era sempre a mesma: Será a última cicloviagem nacional que faremos! A razão disso era que, devido a sua altimetria, considerávamos o caminho muito difícil. Ainda não fizemos todas mas, neste ano, começamos a considerar desbravá-lo. Iniciei pesquisas aprofundadas e logo estava muito animada com todo o material. No mês de maio viajamos para as Serras Catarinenses, com nossa querida amiga Maria, e comentamos com ela sobre nosso desejo de fazer o difícil caminho. Ela disse que, se fôssemos, nos faria companhia. Após isso, começamos a estudar uma provável data. Sem muitas certezas, começamos a nos planejar para início de agosto, sem sucesso. Após remarcarmos, conseguimos uma data no final do mês. Como a logística para irmos de carro era complicada, visto não ser um circuito fechado, decidimos ir de ônibus até Campinas (Viação Bonavita) e dali pegaríamos um ônibus até Águas da Prata (Cometa). Partimos de casa no dia 29/08/2016, às 05h45. Pontualmente às 06h30 partimos de Sorocaba para Campinas.
Chegamos em Campinas às 08h10. Infelizmente o ônibus que sairia as 08h30 tinha apenas duas vagas. Devido a isso, tivemos que esperar para partir as 09h30. Apesar da espera, tudo ocorreu da melhor forma e logo seguimos viagem.
Chegamos a Águas da Prata pontualmente 12h00. Descarregamos as bikes, montamos as rodas, e seguimos para a rua atrás da Rodoviária, até a Pousada Caminho da Fé, para pegarmos nossas credenciais.
Ali conhecemos a famosa Tina, que nos recebeu com sua alegria e simpatia. Após preenchermos nossos dados, pagamos R$ 10,00 pela credencial e seguimos para a padaria, do outro lado da rua, para nos abastecer e partir.
Na padaria Estação, fomos graciosamente recebidos por uma senhora que, infelizmente, esqueci o nome. Ela é uma pessoa muito alto astral, brincalhona e sorridente, e nos vendeu o melhor pão de queijo que comemos pelo caminho. Super recomendo que passem por lá!!
Após, seguimos para o início do caminho, fazendo alguns registros.
Exatamente no km 317 partimos em direção a Aparecida. O que achamos super bacana são as plaquinhas regressivas que, assim como as do Caminho de Santiago, dia após dia, nos conferia quanto faltava para o final, o que é extremamente motivador.
Este primeiro trecho é muito bonito!
Rapidamente começamos a observar uma maravilhosa cadeia de montanhas ao fundo.
Após uns 9 km começamos a subir. Até consegui pedalar um pouco... mas logo passamos a empurrar.
Acredito que empurramos por no máximo 1 km. Após isso, voltamos a pedalar e aproveitar toda a beleza do lugar.
No km 11, chegamos a Ponte de Pedra. Como a temperatura estava alta, decidimos molhar os braços e nos refrescar um pouco.
Na sequência, continuamos seguindo em direção a Andradas. Logo passamos pela entrada do Pico do Gavião, local onde há salto de parapente. Apesar de muito bonito, decidimo ir em frente sem subir até lá, devido a hora passava rápido.
Após 15 km pedalados, mais um registro das placas do caminho.
Estávamos sedentos e sinceramente não acreditava que encontraríamos nada no caminho. Mas, para nossa surpresa, aproximadamente no km 22 chegamos a Pousada Pico do Gavião.
Aproveitamos para nos reabastecer de água fresca e isotônico. Aqui tem também carimbo, para a credencial. Após um rápido descanso, partimos mais confortáveis.
Logo avistamos um pouco abaixo a cidade de Andradas.
Após uma longa e perigosa descida, chegamos a cidade. Os últimos quilômetros antes da cidade são muito lindos! Aproveitamos para os últimos registros.
Quando chegamos já começava a escurecer. Passamos pelo Andradas Palace Hotel, que faz parte dos hoteis / pousadas cadastrados pelo caminho, e fomos cordialmente abordados pelo funcionário. Ele nos convidou a ficar e rapidamente aceitamos.
Para jantar, nos indicaram o restaurante União.
Estávamos bem famintos! A comida estava razoável, mas achei um pouco caro pelo que foi oferecido.
Após o jantar, seguimos de volta para o hotel a fim de descansarmos para o dia seguinte.
Segue os quilômetros e altimetria de hoje:
O pedal foi bem tranquilo, empurramos apenas 1 quilometro no total (aprox. entre os km 10 e 11). O hotel é bom, embora o quarto/colchão que Filipe e eu ficamos tenha sido melhor que o de nossa amiga Maria. Tem wi-fi. Lavamos a roupa na pia do banheiro do quarto e estendemos num varal improvisado com o elástico de bagageiro. O restaurante foi razoável.
Gastos
Ônibus
- Sorocaba a Campinas - R$ 27,80 por pessoa
- Campinas a Aguas da Prata - R$ 35,29 por pessoa
Credencial - R$ 10,00
Pico do Gavião - R$ 15,00 - 1 água e 2 isotônicos
Hotel - R$ 50,00 por pessoa p/ casal e 60,00 individual
Jantar - R$ 20,00 por pessoa
Vou seguir suas postagens, Claudia, são muito didáticas e intensamente ilustradas. Tudo muito bonito e como já se disse tantas vezes, recordar é viver novamente... Abraço prá vocês!
ResponderExcluirQue honra Elim! Obrigada mesmo, apenas procuro compartilhar as informações que procuro buscar e acho úteis durante a viagem! Uso muito seu blog como fonte de informações também... bjsss
ExcluirAdorei...Vou sair dia 17/10 já estou com friozinho na barriga!
ResponderExcluirMe conte como foi depois! Bom caminho!
ExcluirQue ótimo! Estou lendo a matéria completa sobre o Caminho da Fé. No próximo ano eu pretendo fazer esse percurso, sou marinheiro de primeira viagem e suas dicas são bem importantes.
ResponderExcluirDesejo um ótimo caminho pra você!!
ExcluirComo pretendo fazer o Caminho da Fé por favor o mes de agosto é um bom mes.em questão do clima? obrigado.
ResponderExcluirOlá João, é final do inverno. Tínhamos o início do dia fresco e durante o dia o sol acabava esquentando bastante. No entanto, havia sempre uma brisa fria que nos manteve confortáveis. A única coisa que poderá incomodar é a poeira, principalmente em locais que há maior trânsito de veículos.
ExcluirObrigado Claudia e bons pedais para vcs..
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirGosto de ver relatos de cicloviagens. Parabéns pela forma como escreve.
Esses 3 quilos de bagagem já incluem o peso dos alforges?
Grata!!!
Sim, inclui o peso dos alforges
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